Aproveite o poder do apego ao lugar
O apego ao lugar descreve os vínculos profundos que formamos com os ambientes. Compreender esse conceito pode ajudar as organizações a criar espaços onde florescem as relações entre as pessoas, seu trabalho e seus colegas.
12 de jun. de 2025
3 minutes

Assim como amigos que convivem muito começam a adotar os mesmos maneirismos, os valores presentes nos ambientes em que passamos nosso tempo também tendem a ganhar mais significado para nós. (Stedman, 2003)
Os ambientes que frequentamos — especialmente em casa, na escola e no trabalho — influenciam profundamente nossa identidade, emoções e comportamentos. (Scannell et al., 2010).
As atividades e interações que esses espaços promovem moldam nossa produtividade, nosso estado de espírito e até nossos relacionamentos. Por isso, é essencial que o planejamento do ambiente de trabalho incentive relacionamentos que favoreçam um desempenho excepcional.

Colocando a teoria em prática
As organizações podem fortalecer o apego dos funcionários ao ambiente de trabalho por meio de diversas formas de interação. Considere os seguintes níveis:
No nível individual
Ao oferecer aos colaboradores a chance de personalizar seus espaços com recursos ambientais e ergonômicos ajustáveis, ou até mesmo ao disponibilizar áreas de trabalho dedicadas, as organizações podem reforçar o apego ao local e apoiar as necessidades pessoais dos funcionários. Isso facilita a construção de relações mais significativas com outros membros da organização. (Gifford, 2014; Byron et al., 2015)
No nível do grupo
Ao projetar áreas para equipes para os funcionários que não possuem um local de trabalho fixo, as organizações promovem a familiaridade. Esse senso de propriedade do espaço fortalece os vínculos interpessoais entre os membros da equipe e pode aprimorar a resolução de problemas e impulsionar a criatividade. (Kenworthy et al., 2024)
No nível da comunidade
Para incentivar o apego ao local, à organização e às pessoas que a fazem funcionar, as organizações podem planejar oportunidades frequentes para que membros de diferentes equipes se conectem (Commission for Architecture and the Built Environment, 2005). Além dos requisitos funcionais básicos para receber grandes grupos, como capacidade, flexibilidade e hospitalidade, essas interações necessitam de espaços que também reflitam os valores e a cultura da organização.


Todo ambiente reflete quem somos
O design do local de trabalho é fundamental. Se você está lendo artigos em millerknoll.com, você já sabe disso. No entanto, o valor que as pessoas extraem de seu ambiente de trabalho vai além do que a maioria imagina.
Os laços que criamos com os espaços, colegas e organizações se tornam cada vez mais significativos ao longo do tempo. Por isso, o vínculo com o local de trabalho tem impacto direto na retenção de funcionários. À medida que funcionários engajados e comprometidos desenvolvem uma conexão mais forte com as pessoas e os espaços relacionados ao seu trabalho, eles frequentemente se sentem menos inclinados a deixar a organização. (Lewicka, 2011)
Os lugares influenciam positivamente nossas vidas pelo que representam para nós — muitas vezes mais do que pela qualidade de suas funções. As pessoas tendem a acreditar que as mensagens transmitidas pelos ambientes físicos expressam de maneira mais genuína a cultura e as prioridades de uma organização do que declarações de missão ou valores corporativos escritos. (Schein, 1990; Becker et al., 1995)
Na MillerKnoll, auxiliamos organizações ao redor do mundo a criar espaços que transmitam de maneira clara e autêntica sua visão única para seus funcionários — tanto os atuais quanto os futuros —, além de parceiros, clientes e até concorrentes. Trabalhamos em parceria com nossos clientes para compreender o contexto cultural e geográfico de suas instalações e, a partir disso, alinhar o planejamento e o design do ambiente com as atividades e interações que o local de trabalho precisa proporcionar.
Desenvolver um espaço que represente fielmente uma organização não apenas aumenta a chance de apego ao local, mas também gera os resultados positivos que essa conexão traz.
Recapitulação de 3 pontos
O vínculo emocional que as pessoas desenvolvem com os lugares que consideram significativos é uma força poderosa.
Esse fenômeno, conhecido como apego ao lugar, pode ajudar as organizações a estabelecer e consolidar vínculos tanto entre seus funcionários quanto entre eles e a própria empresa, em níveis individuais, de grupo e da comunidade.
A MillerKnoll auxilia as organizações na criação de ambientes que traduzem sua visão, ao mesmo tempo em que promovem o bem-estar dos funcionários, favorecendo o aumento do engajamento e a retenção de talentos.

Fontes
Stedman, Richard C. “Is it really just a social construction?: The contribution of the physical environment to sense of place” (É realmente apenas uma construção social?: a contribuição do ambiente físico para o senso de lugar”). Society & Natural Resources 16, n.º 8 (2003): 671-685.
Scannell, Leila e Gifford, Robert. “Defining Place Attachment: A Tripartite Organizing Framework” (Definindo o Apego ao Lugar: Uma Estrutura Organizacional Tripartite). Journal of Environmental Psychology 30, n.º 1 (março de 2010): 1-10.
Gifford, Robert. “Environmental Psychology Matters” (A Psicologia Ambiental Importa). Annual Review of Psychology 65 (2014): 541-579.
Commission for Architecture and the Build Environment e British Council for Offices. “The Impact of Office Design on Business Performance” (O Impacto do Design de Escritórios no Desempenho Empresarial). Maio de 2005.
Byron, Kristen e Laurence, Gregory. “Diplomas, Photos, and Tchotchkes as Symbolic Self-Representations: Understanding Employees’ Individual Use of Symbols” (Diplomas, Fotos e Bugigangas como Autorrepresentações Simbólicas: Compreendendo o Uso Individual de Símbolos pelos Funcionários). Academy of Management Journal 58, n.º 1 (fevereiro de 2015): 107-130.
Lewicka, Maria. “Place Attachment: How Far Have We Come in the Last 40 Years?” (Apego ao Lugar: Quão Longe Chegamos nos Últimos 40 Anos?) Journal of Environmental Psychology 31, n.º 3 (setembro de 2011): 207-230.
Schein, Edgar H. “Organizational Culture” (Cultura Organizacional). American Psychologist 45, n.º 2 (fevereiro de 1990): 109-119.
Becker, Franklin e Steele, Fritz. Workplace by Design: Mapping the High-Performance Workscape (Local de Trabalho por Design: Mapeando o Ambiente de Trabalho de Alto Desempenho). São Francisco: Jossey-Bass, 1995.
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