“O objetivo deles era projetar e construir uma instalação que realmente atraísse as pessoas, oferecendo comodidades, tecnologia e diversos recursos de alto padrão”, afirma Roger Heerema, diretor do escritório de arquitetura Wright Heerema, sediado em Chicago. 
 
O novo ambiente de trabalho precisava acomodar os funcionários em um espaço de 14.000 m², distribuído em três andares e com capacidade para 1.300 assentos. A Wright Heerema trabalhou em parceria com a distribuidora MillerKnoll Continua Interiors para desenvolver um ambiente que proporcionasse tanto áreas planejadas para conexão e colaboração quanto espaços voltados ao trabalho individual e concentrado, na sede localizada em Illinois.

A equipe estabeleceu uma série de metas:

• Fomentar um sentimento de comunidade e pertencimento

• Proporcionar flexibilidade para que cada pessoa trabalhe da maneira que preferir 

• Incentivar a colaboração entre diferentes departamentos

• Integrar vistas da natureza, design biofílico e iluminação natural

Um espaço que permite às pessoas trabalharem da maneira que preferirem

Embora esta empresa global já tenha experiência com trabalho híbrido e remoto, ela aprimorou sua abordagem presencial na nova sede, incorporando áreas abertas e diversas configurações para que os colaboradores escolham conforme suas necessidades.

No início do projeto, a MillerKnoll Workplace Strategists, em parceria com a Continua Interiors, elaborou um plano abrangente de gestão de mudanças, que incluía uma planta baixa interativa codificada em cinco categorias:

• Trabalho individual: Colaborativo

• Trabalho individual: Foco

• Reunião aberta

• Salas de conferência e reunião: Hospitalidade e comodidades

Esse esboço permitiu que a Continua Interiors colaborasse com a MillerKnoll e o cliente na criação de um “mapa do dia a dia”, mostrando como qualquer funcionário pode utilizar diferentes espaços ao longo de seu turno.

Cada andar foi concebido para se adaptar à transição dos funcionários entre trabalho colaborativo e trabalho focado. Logo ao lado do elevador, há um café colaborativo onde as pessoas podem se reunir para trabalhar juntas, conversar informalmente e aproveitar lanches e bebidas. “Você poderia passar o dia inteiro ali — pegando comida, água, café, refrigerante e trabalhando — se quisesse”, comenta Heerema.

A partir desse conceito, o escritório foi estruturado em “bairros”, compostos por estações de trabalho abertas, escritórios fechados e salas de conferência. Nas áreas periféricas, encontram-se espaços não reserváveis com bancos e mesas longas, que oferecem uma sensação de semiprivacidade sem isolar totalmente os usuários do restante do ambiente. 

A proposta de flexibilidade vai além do uso diário. A equipe escolheu intencionalmente mobiliários como a Parede Ágil OE1, projetada para ser facilmente reconfigurada. Caso a organização identifique uma migração dos colaboradores para as áreas de colaboração abertas, com menor uso das estações de trabalho, ela terá a capacidade de se adaptar às mudanças e acompanhar a evolução das tendências no ambiente de trabalho.

Trazendo a sensação de lar para o escritório

“Queríamos tirar as pessoas de suas casas, então escolhemos elementos de design mais comuns em residências do que em escritórios”, explica Heerema. “Em casa, muitas pessoas trabalham sentadas no sofá, com os pés apoiados, usando o notebook — agora, elas podem fazer o mesmo no ambiente de trabalho, se desejarem.” Assentos confortáveis do coletivo de marcas ajudam a criar essa atmosfera residencial, incluindo a Cadeira Lína da DWR, o Sofá Tuxedo e as Cadeiras Crosshatch da Geiger, a Cadeira Always da NaughtOne e a Mesa de Centro Aire da Muuto.

O aconchego é especialmente presente no terceiro andar, que abriga uma “área de lareira ou sala de estar”, nas palavras de um gerente de projeto da organização industrial. No andar inferior, há um lounge, uma sala de jogos, uma academia e uma área de delicatessen com espaço para refeições. Os arquitetos cuidaram para que a luz natural do primeiro andar iluminasse essa área de comodidades localizada no andar inferior. Por todo o edifício, plantas naturais e vistas para o exterior trazem a natureza para dentro, enquanto as trilhas ao redor do escritório ressaltam o compromisso da organização com o bem-estar dos funcionários.

Uma abordagem global

O cliente desejava que o design e o mobiliário de sua nova sede proporcionassem uma experiência fluida para os funcionários que não trabalham em seu escritório habitual. “Se alguém chega da Itália, não se surpreende por precisar reservar uma mesa — já sabe que pode usar uma mesa alta e está familiarizado com a tecnologia”, explica um gerente de Recursos Humanos da empresa. "A proposta era clara: como fazer com que todos se sintam acolhidos em um novo ambiente?”.  

Da mesma forma, a conectividade virtual foi cuidadosamente planejada, com a mesma tecnologia presente em todas as salas de conferência. Nas salas menores, TVs e câmeras foram estrategicamente posicionadas para criar a impressão de que os participantes remotos estão reunidos à mesa com os demais.

No geral, a empresa alcançou seu principal objetivo: conexão. “Falei com um colaborador que comentou ter conhecido mais colegas nos primeiros meses neste novo espaço do que em todo o ano anterior”, relata uma pessoa da gerência de RH.  

Recapitulação de 3 pontos

1. A transição de uma organização industrial para sua nova sede global demandou um ambiente de trabalho híbrido extremamente flexível, que fosse acolhedor e incentivasse o senso de comunidade.

2. O escritório de arquitetura Wright Heerema uniu forças com a distribuidora MillerKnoll Continua Interiors para desenvolver um espaço com áreas projetadas intencionalmente para conexão e colaboração, além de zonas dedicadas ao trabalho individual focado.

3. Esse novo ambiente proporciona uma experiência integrada para funcionários que atuam fora do escritório tradicional.